Especialista atribui migração ao menor custo e ao baixo risco dos marketplaces virtuais
O baixo capital de investimento e a oportunidade de alcançar mais facilmente um maior número de clientes são fatores que fazem os micro e pequenos varejistas apostarem na Internet. De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o número desses lojistas, responsáveis por 8% da receita do e-commerce em 2010, dobrou em quatro anos, representando 16% dos R$ 35,8 bilhões arrecadados em 2014.
Para Maurício Salvador, presidente da ABComm, a migração do empreendedor para o ambiente online tem sido facilitada pelo maior acesso à tecnologia e pelos custos mais acessíveis de mídia. Segundo ele, os marketplaces virtuais – sites que funcionam como vitrines para diversas lojas anunciarem seus produtos – têm sido a principal porta de entrada nos últimos dois anos.
“Até pouco tempo atrás, os microvarejistas contratavam uma plataforma e pagavam pelo desenvolvimento de um comércio virtual, que poderia ser integrado a um marketplace, trazendo o aumento das vendas. Hoje, esse movimento mudou: o custo fixo é menor e quase voltado integralmente à aquisição de clientes. Tornou-se, portanto, um negócio de baixo risco”, explica Salvador.
Apesar disso, o executivo ressalta que não basta abrir uma loja virtual e partir para as vendas. É necessário que o empreendedor invista em conhecimento para fazer seu negócio prosperar. “A capacitação do proprietário é fundamental para que a loja sobreviva”, diz. Para auxiliar nessa tarefa, a ABComm e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) disponibilizam consultoria e até ferramentas gratuitas para auxiliar na gestão desses empreendimentos.