Mais de 21% dos apps estão conectados com páginas de internet que não possuem o certificado de segurança SSL.
Às vésperas de uma das principais datas do e-commerce brasileiro, a Black Friday (29/11), estudo aponta que 21,6% das transações feitas via aplicativos podem não estar seguras, o que representa uma em cada cinco realizadas no país.
Isso acontece porque os programas instalados em dispositivos móveis trocam informações com endereços que não contam com o certificado de segurança SSL (Secure Socket Layer). Este é um certificado digital que autentica a identidade de um site e criptografa os dados enviados para o servidor, protegendo a integridade e veracidade das informações que são trocadas na internet.
O volume de compras feitas via dispositivos móveis nesta época do ano faz com que os consumidores precisem estar atentos! Uma forma de averiguar se o ambiente é seguro é procurar pela informação nas Políticas de Privacidade. Caso os termos não deixem claro o uso de criptografia, a recomendação é que a compra seja via desktop, sempre de olho se há o símbolo do cadeado ao lado da URL na barra do navegador.
O uso de celular para compras em apps vem aumentando ano após ano, isso faz com que os fraudadores sofistiquem o phishinhg*, para capturar os dados dos consumidores em golpes. Isso só reforça a necessidade de segurança na proteção da comunicação entre aplicativos e servidores das empresas.
Apesar de avanço, quase 15% dos sites ainda são desprotegidos
Ainda que muitos endereços eletrônicos tenham buscado certificados SSL, o volume daqueles que operam sem proteção aos dados é considerável. Segundo o estudo, cerca de 15% deles encontram-se nesta situação em um universo de dois milhões de sites analisados.
Ao desmembrar o mapeamento por categorias, os portais governamentais são os mais desprotegidos, seguidos por corporativos e e-commerce. Estes acendem um sinal de alerta pelo grande volume de transações financeiras que realizam. O número ainda é grande e pode prejudicar consumidores que olham apenas o preço e não prestam atenção aos critérios de segurança.
Hoje temos 14,3% dos sites com certificados SSL expirados. Quem não prestar atenção a este detalhe pode estar perdendo vendas junto aos compradores mais conscientes.
Veja algumas dicas que preparamos para você se proteger na Black Friday:
- Atenção com links e arquivos compartilhados em grupos de mensagens de redes sociais. Eles podem ser maliciosos e direcionar para páginas não seguras, que contaminem os dispositivos com vírus que funcionam sem que o usuário
perceba e coletam dados sigilosos. - Para verificar se o site é seguro, basta observar um sinal simples: veja se no browser há um cadeado fechado. Em caso positivo, clique em cima e verifique se o Certificado Digital SSL emitido está em nome da loja.
- Desconfie sempre de ofertas com preços muito abaixo do mercado e de última hora. E-mails com valores, promoções e vantagens muito especiais merecem desconfiança. Nesses momentos, é muito comum que os cibercriminosos usem nomes de lojas bastante conhecidas para tentar invadir o seu computador.
- Uma prática muito utilizada pelos golpistas no ambiente online é a de phishing. Os criminosos copiam as informações trocadas durante uma transação, como nome, endereço, CPF etc. E esses dados coletados são usados para fraude de identidade.
- É importante fazer uma pesquisa em sites dedicados à avaliação de lojas virtuais, como Reclame Aqui e e-Bit. Avaliar a reputação de uma loja é uma providência essencial a partir da experiência de outras pessoas.